FRASES E CITAÇÕES

Frases de Fernando Pessoa

A arte é para mim a expressão de um pensamento através de uma emoção, ou por outras palavras, de uma verdade geral de através de uma mentira particular
Eu não sei senão amar-te, Nasci para te querer. Ó quem me dera beijar-te, E beijar-te até morrer.
Outrora eu era daqui, e hoje regresso estrangeiro, Forasteiro do que vejo e ouço, velho de mim. Já vi tudo, ainda o que nunca vi, nem o que nunca verei. Eu reinei no que nunca fui.
O pensamento pode ter elevação sem ter elegância, e, na proporção em que não tiver elegância, perderá a ação sobre os outros. A força sem a destreza é uma simples massa.
A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta.
Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia construirei um castelo!
Quero,terei; Se não aqui; Noutro lugar que ainda não sei. Nada perdi; Tudo serei
Não sabemos da alma senão da nossa; As dos outros são olhares, são gestos, são palavras, com a suposição de qualquer semelhança no fundo.
Um cansaço de existir, De ser. Só de ser. O ser triste brilhar ou sorrir...
Quando te vi amei-te já muito antes Tornei a achar-te quando te encontrei. Nasci pra ti antes de haver o mundo
Sei que nunca terei o que procuro E que nem sei buscar o que desejo, Mas busco, insciente, no silêncio escuro E pasmo do que sei que não almejo.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
Tudo que existe existe talvez porque outra coisa existe. Nada é, tudo coexiste: talvez assim seja certo..
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Mesmo a circunstância de eu ir publicar um livro vem alterar a minha vida. Perco uma coisa - o ser inédito.
Com este sonhar tudo, tudo na vida te farás sofreres mais. Será a tua cruz.
Precisar de dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente.
A felicidade está fora da felicidade.
Minha pátria é a língua portuguesa.
Nada se sabe,tudo se imagina.
O meu coração quebrou-se Como um bocado de vidro Quis viver e enganou-se...
Não sei o que é conhecer-me. Não vejo para dentro. Não acredito que eu exista por detrás de mim.
Sou feito das ruínas do inacabado e é uma paisagem de desistências que definiria meu ser.
Tudo em meu torno é o universo nu, abstrato, feito de negações noturnas. Divido-me em cansado e inquieto, e chego a tocar com a sensação do corpo um conhecimento metafísico do mistério das coisas.
Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.
Quem tem as flores não precisa de Deus.
Viver não é necessário. Necessário é criar.
O verdadeiro cadáver não é o corpo (...), mas aquilo que deixou de viver(...)
Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.
A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa descaminha-me os pensamentos.